segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NATAL/CHRISTMAS





Feliz Natal/Merry Christmas!!! :)


sábado, 22 de dezembro de 2012

Amo,,,,,



                                              Estou Mais Perto de Ti porque Te Amo 

 Estou mais perto de ti porque te amo.
Os meus beijos nascem já na tua boca.
Não poderei escrever teu nome com palavras.
Tu estás em toda a parte e enlouqueces-me.

Canto os teus olhos mas não sei do teu rosto.
Quero a tua boca aberta em minha boca.
E amo-te como se nunca te tivesse amado
porque tu estás em mim mas ausente de mim.

Nesta noite sei apenas dos teus gestos
e procuro o teu corpo para além dos meus dedos.
Trago as mãos distantes do teu peito.

Sim, tu estás em toda a parte. Em toda a parte.
Tão por dentro de mim. Tão ausente de mim.
E eu estou perto de ti porque te amo. 


Joaquim Pessoa

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Porque penso em ti....


But it's always you....

domingo, 9 de dezembro de 2012







Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca


Because it's Christmas.......


sábado, 8 de dezembro de 2012

Solidão.............






Hora que Passa  

Vejo-me triste, abandonada e só
Bem como um cão sem dono e que o procura
Mais pobre e desprezada do que Job
A caminhar na via da amargura!

Judeu Errante que a ninguém faz dó!
Minh'alma triste, dolorida, escura,
Minh'alma sem amor é cinza, é pó,
Vaga roubada ao Mar da Desventura!

Que tragédia tão funda no meu peito!...
Quanta ilusão morrendo que esvoaça!
Quanto sonho a nascer e já desfeito!

Deus! Como é triste a hora quando morre...
O instante que foge, voa, e passa...
Fiozinho d'água triste... a vida corre... 


Florbela Espanca

quinta-feira, 12 de julho de 2012


Eu sei, não te conheço, mas existes,
por isso os deuses não existem,
a solidão existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.

Não me perguntes como mas ainda me
lembro
quando no outono cresceram no teu peito
duas alegres laranjas que eu apertei nas
minhas mão
e perfumaram depois a minha boca.

Eu sei, não digas, deixa-me inventar-te,
não é um sonho, juro são apenas as
minhas mãos
sobre a tua nudez
como uma sombra no deserto.
É apenas este rio que me percorre há
muito e desagua em ti.
Porque tu és o mar que acolhe os meus
destroços.
É apenas uma tristeza inadiável, uma
outra maneira de habitares
em todas as palavras do meu canto.

Tenho construído o teu nome com todas
as coisas,
tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente,
desesperadamente
à tua procura, sempre à tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo.


Joaquim Pessoa

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

As Palavras interditas


Os navios existem, e existe o teu rosto
encostado ao rosto dos navios.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades,
partem no vento, regressam nos rios.

Na areia branca, onde o tempo começa,
uma criança passa de costas para o mar.
Anoitece. Não há dúvida, anoitece.
É preciso partir, é preciso ficar.

Os hospitais cobrem-se de cinza.
Ondas de sombra quebram nas esquinas.
Amo-te... E entram pela janela
as primeiras luzes das colinas.

As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.

Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.

E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.

Eugénio de Andrade

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Always

Para ti....


" Se me apagares os olhos, ainda te posso ver.
Tapa-me os ouvidos: ainda consigo ouvir-te.
E sem pés, consigo chegar até ao pé de ti.
E sem boca, sei ainda invocar-te.
Arranca-me os braços: eu abraço-te
Com o meu coração como se fosse uma mão.
Para-me o coração e o meu cérebro baterá.
E se me pegares fogo ao cérebro,
Vou levar-te no meu sangue. "
( Rainer Maria Rike )