sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Se alguém perguntar....

Se alguém me perguntar, hei-de dizer que sim, que foi
verdade - que não amei ninguém depois de ti nem
o meu corpo procurou nunca mais outro incêndio
que não fosse a memória de um instante junto
do teu corpo; e que deixei de ler quando partiste
por não suportar as palavras maiores longe da tua boca;
e que tranquei os livros na despensa e tranquei a despensa,
acreditando que, se não me alimentasse, acabaria
por sofrer de uma doença menor do que a saudade, mas
a que os outros, pelo menos, não chamariam loucura.

Se alguém me perguntar, direi que foi assim, e não de
outra maneira, como alguns parecem supor - que permiti,
bem sei, que outros homens me amassem e me aquecessem
a cama, mas em troca lhes dei apenas um nome diferente
do que tinham e os vi partir desesperados a meio
da noite sem sentir maior dor que a de saber que, afinal,
também eles não existiam para além de ti; e que no dia
seguinte dava comigo a trautear sem querer essa canção
que amavas (como se ela, sim, se tivesse deitado
no meu ouvido), mas que a sua melodia, em vez
de me alegrar como antes, me escurecia mais a vida.

Se alguém me perguntar, nada desmentirei, nem negarei
que os frutos todos que me deram a provar na tua ausência
me pareceram demasiado azedos ao pé dos que explodiam
em sumo nos teus lábios; e que, por isso, nunca mais quis
um beijo de ninguém, nem sequer inocente, e não voltei
também a aceitar as flores que me traziam por me lembrar
que, em mãos assim, tão grandes para o afecto, o seu
perfume anunciava invariavelmente a chegada do outono.

E contarei por fim, se alguém quiser saber, que o teu silêncio
foi de tal densidade, de tal espessura, que não consegui
escutar nenhuma das vozes que vieram depois de ti e, pior
do que isso, me esqueci com indiferença das mais antigas,
pelo que as minhas noites se tornaram uma tão longa
e solitária travessia que ainda esta manhã acordei ao lado
da tua sombra e respondi baixinho, mesmo sem ninguém
me perguntar, que há coisas que uma mala nunca leva.


Maria do Rosário Pedreira

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tu....


Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,...

sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade

domingo, 22 de dezembro de 2013

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Amar....



"Quando se ama, naquele exacto segundo em que se ama, tem de se acreditar que é para sempre. Mais: tem de se ter a certeza de que é para sempre. Amar, mesmo que por segundos, mesmo que por instantes, é para sempre. E é isso, essa sensação de segundos ou de minutos ou de dias ou de horas ou de anos ou meses, que é para sempre. Ama. Ama por inteiro. Ama sem nada pelo meio. Ama, ama, ama, ama. Ama. Porque é só por aquilo que te faz perder a respiração que vale a pena respirar."
Pedro Chagas Freitas

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Sem ti

" É um fardo aos ombros
o corpo, sem ti.
Até o amarelo
dos girassóis se tornou cruel.
Não invento nada,...

na arte de olhar
a luz é cúmplice da pele. "

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Abraça-me......




Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos. Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem a carne incandescente das estrelas. Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram. Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos.
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que delem fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes.
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes. 


Joaquim Pessoa

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ama....




"Se amas: sê fácil. Abre os braços, abre as pernas, abre a boca: abre-te para quem amas. Se amas: não compliques. Se queres um beijo, beija; se queres um abraço, abraça; se queres um orgasmo, despe e salta e dança e sua e geme. Se queres amar: ama. Não olhes a convenções. Prefere as pulsões."


sábado, 30 de novembro de 2013

Sad but so beautiful...


Hate and love.... Night and day.... Light and dark..... Sunshine and rain make a beautiful thing... You and me

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Corpo





- Estou a tremer.
- É o corpo. É a forma que o corpo encontra para dizer que está apaixonado.
- ...
- Sim. Também estou a tremer. Também me sinto abalado em tudo o que sou, em tudo o que sinto.
- Quero sentir a que sabe o teu corpo.
- ...
- Quero degustar-te como a um banquete.

Quando se ama, todos os dias são dias de gala. 



Pedro Chagas Freitas

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013





“És a melhor maneira de viver. Podia dizer-te que te quero por tudo o que és. Mas estaria a mentir. Quero-te por tudo o que sou contigo. Quero-te pelo que sou. Porque me sinto, em ti, a pessoa que quero ser. És a minha melhor maneira de viver. Quero-te por egoísmo. É isso. Quero-te por egoísmo. Espero que me queiras pelo mesmo motivo.”

Pedro Chagas Freitas

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Desenganos............


“Abres o caminho; abres o coração; e depois vais; e depois afinal não é amor.

Um dos segundos mais dolorosos da tua vida é aquele em que percebes que afinal não é amor.

Dás esperança; dás tudo; alimentas tudo; fazes acreditar que é de verdade; que amas; que queres como és querido; fazes acreditar que é tudo para sempre; de sempre e para sempre; ...

e afinal era apenas um corpo; e afinal era apenas uma precisão;
uma adrenalina com corpo; uma adrenalina com suor.

Um dos segundos mais dolorosos da tua vida é aquele em que percebes que afinal era apenas adrenalina com corpo.”

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"In Sexus Veritas", de Pedro Chagas Freitas

O tempo passa........



“Passa; o problema é que passa; o problema é que passa tudo; passa mesmo tudo;
os anos; as peles; os toques;
passa tudo;
o problema é que passa tudo; menos as memórias;
passa tudo menos as memórias; as memórias ficam; ...

vão ficando; vão martirizando; vão picando;
as memórias nunca passam.

Doente de Alzheimer ou doente de amor?

E passamos a vida toda a querer apagar as memórias; e ao querer apagá-las estamos a mantê-las vivas; cada vez mais vivas;
quanto mais as queremos apagar mais as estamos a segurar; mais as estamos a fazer sobreviver.

O problema do Homem é a memória. A esmagadora maioria dos conflitos não existiria se não houvesse memória.”

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"In Sexus Veritas", de Pedro Chagas Freitas

quarta-feira, 20 de novembro de 2013


Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira.

Pablo Neruda

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Broken.....


You broke me
like I had been standing on that cliff forever
fervently trying to keep my balance
putting all of my effort
in keeping the firm ground under my feet
and then you came and mindlessly pushed me
not even on purpose
not even as if it mattered
a random act of carelessness
and I fell ... I fell
and I have been lying there broken
ever since ...

Pr
atricia de Wachte

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O que há em mim é sobretudo cansaço Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A subtileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém. Essas coisas todas - Essas e o que faz falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço. Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço... 

Álvaro de Campos



Se amar é veneno...
Gosto dos venenos mais amargos,
cujos frascos me lembrem perfume
aromatizado com amor e ciúme.
Se amar é fogo...
Gosto da paixão que incendeia,
tragada feito um gole de conhaque,
em que a língua faça da boca uma ceia,
e o fogo do corpo,
apenas a saliva apague.
Se amar é pecado...
Gosto dos pecados mais ousados,
em que a alma se devore em gozo,
o corpo adormeça extasiado
e o céu alcance num beijo
apaixonado...

Sirlei L. Passolongo

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

I really don't know.....





Can you tell me???

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

From a distance I see your face


From a distance, I see your face, my soul shall heave
That soon, my love for you will come true
That one day this broken heart will not leave

Until then I walk these lonely steps, I do not breathe
These silent tears alone I shed for you
From a distance, I see your face, my soul shall heave

Your smile graced my day, since then I believe
Fate will ensure, I will do what I have to do
That one day this broken heart will not leave

And shattered fragments I will retrieve
Until, we are hand in hand, I alone will view
From a distance, I see your face, my soul shall heave


Until my yesterday’s become today, I grieve
For broken promises, I hope to renew
That one day this broken heart will not leave

From the darkness, to the light, I perceive
That in my heart of hearts to never say adieu
From a distance, I see your face, my soul shall heave
That one day this broken heart will not leave.
 
David Williams 
 
 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013






"The hottest love has the coldest end " - Sócrates

segunda-feira, 23 de setembro de 2013





Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração.


 António Ramos Rosa
(17 de Outubro de 1924 - 23 de Setembro de 2013)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

..............


Tiembla en la noche húmeda mi vestido de besos
locamente cargado de eléctricas gestiones,
de modo heroico dividido en sueños
y embriagadoras rosas practicándose en mí.
...
Aguas arriba, en medio de las olas externas,
tu paralelo cuerpo se sujeta en mis brazos
como un pez infinitamente pegado a mi alma
rápido y lento en la energía subceleste.

 PABLO NERUDA

domingo, 8 de setembro de 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

......................


En mi cielo al crepúsculo eres como una nube 
y tu color y forma son como yo los quiero. 
Eres mía, eres mía, mujer de labios dulces, 
y viven en tu vida mis infinitos sueños. 

La lámpara de mi alma te sonrosa los pies,
el agrio vino mío es más dulce en tus labios:
oh segadora de mi canción de atardecer,
cómo te sienten mía mis sueños solitarios!

Eres mía, eres mía, voy gritando en la brisa
de la tarde, y el viento arrastra mi voz viuda.
Cazadora del fondo de mis ojos, tu robo
estanca como el agua tu mirada nocturna.

En la red de mi música estás presa, amor mío,
y mis redes de música son anchas como el cielo.
Mi alma nace a la orilla de tus ojos de luto.
En tus ojos de luto comienza el país del sueño


Pablo Neruda

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

domingo, 18 de agosto de 2013

One hell of a great question!!!!



Yes?????? Why????? S***!!!!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Quando acordo e tu nao estas.....


Perco-me nestas linhas,
com que te tento escrever...
As linhas que desenho no meu pensamento,
reproduzindo o teu sorriso...
O teu rosto perfeito,
desenhado à mão pelo mestre...
A tua beleza unica,
que me prende em sonhos....
Aqueles sonhos que vivo
enquanto durmo e me mantêm vivo...
Acordo e só penso em dormir
para poder estar contigo...
É uma tortura passar o dia à espera da noite...
Queria ter-te a toda a hora...
Resides na minha lembrança...
Apenas isso...
Aquele momento que passou...
O cheiro que deixaste tatuado no meu corpo...
A pele sedosa que vestias...
Nuvens onde dormimos,
criadas pelo incenso que assistiu ao nosso amor...
Dissiparam-se depois...
Como os meus sonhos,
todas as manhãs quando acordo e tu não estás...

Nuno Miguel Miranda
"Parvoices" de Um Sonhador

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Silêncio.....


Assim como do fundo da música 
brota uma nota 
que enquanto vibra cresce e se adelgaça 
até que noutra música emudece, 
brota do fundo do silêncio 
outro silêncio, aguda torre, espada, 
e sobe e cresce e nos suspende 
e enquanto sobe caem 
recordações, esperanças, 
as pequenas mentiras e as grandes, 
e queremos gritar e na garganta 
o grito se desvanece: 
desembocamos no silêncio 
onde os silêncios emudecem. 


Octavio Paz

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Head!!!




Ok, ok.... disse que estaria em modo off mas.... Comprei uma raquete nova da Head e ela e LINDA!!!!! Inquieta para a experimentar..... Cool!!!!! :)

domingo, 11 de agosto de 2013

Holidays!!!!!


Em Lisboa, a matar saudades desta cidade que adoro e com um calor infernal!!! Mas linda como sempre..... Vou estar em modo off..... Tirar ferias de tudo menos de mim mesma.....

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

True!!!


O meu Condão

 
Quis Deus dar-me o condão de ser sensível
Como o diamante à luz que o alumia,
Dar-me uma alma fantástica, impossível:
- Um bailado de cor e fantasia!

Quis Deus fazer de ti a ambrosia
Desta paixão estranha, ardente, incrível!
Erguer em mim o facho inextinguível,
Como um cinzel vincando uma agonia!

Quis Deus fazer-me tua... para nada!
- Vãos, os meus braços de crucificada,
Inúteis, esses beijos que te dei!

Anda! Caminha! Aonde?... Mas por onde?...
Se a um gesto dos teus a sombra esconde
O caminho de estrelas que tracei... 


Florbela Espanca

domingo, 4 de agosto de 2013

I hardly remember....

 I hardly remember your voice, but the pain of you
floats in some remote current of my blood.
I carry you in my depths, trapped in the sludge
like one of those corpses the sea refuses to give up.

It was a spoiled remnant of the South. A beach
without fishing boats, where the sun was for sale.
A stretch of shore, now a jungle of lights and languages
that grudgingly offered, defeated, its obligation of sand.

The night of that day punished us at its whim.
I held you so close I could barely see you.
Autumn was brandishing guffaws and dancebands
and the sea tore at the pleasure-boats in a frenzy.

Your hand balanced, with its steady heat,
the wavering tepidness of alcohol. The gardens
came at me from far away through your skirt.
My high-tide mark rose to the level of your breasts.

Carpets, like tentacles, wriggling down to the strand,
attracted passers-by to the mouth of the clamor.
With lights and curtains, above the tedium
the bedrooms murmured in the grand hotels.

There are dark moments when our ballast gives out
from so much banging around. Moments, or centuries,
when the flesh revels in its nakedness and reels
to its own destruction, sucking the life from itself.

I groped around me, trying on your embrace,
but love was not where your embrace was.
I felt your hands stroking that physical ache
but a great nothing went before your hands.

I searched, down the length of your soulless surrender,
for a calm bay where I could cast a net,
yearning to hear a trace of the vendor's voice
still wet with the glimmer of the flapping minnows.

It was a spoiled remnant of the South. The aroma
of muscatel was tainted with whiskey breath.
I carry that dead embrace inside me yet
like a foreign object the flesh tries to reject.
 
Robert Graves 

Tristeza.....


Só eu sei da minha tristeza... Só eu sei da minha dor... Só eu sei da minha verdade... Que não se esconde, para agradar ninguém... Só eu sei da dificuldade que é caminhar... Depois de cair de um lugar tão alto... E mesmo sangrando por dentro, resistir... Só eu sei como dói lembrar... Do que poderia ter sido e talvez não será... Só eu sei a força que tenho que fazer para de novo levantar... Só eu sei...Só eu e mais ninguém...

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

...................................


Broken dreams.............

 Conhecemos alguém , que até fazia parte do nosso passado mas os anos sucederam-se, ele casou, teve uma filha e nossos caminhos simplesmente deixaram de ser os mesmos. E acabavamos por nos cruzar fortuitamente nas ruas da cidade e diziamos um olá e um sorriso mas apesar dos anos terem passado, as borboletas no estômago afinal ainda lá estão..... E passaram-se mais uns anos e encontramos essa pessoa novamente, num evento e ele presenteia-te com um grande e lindo sorriso, dá-te um beijo e pergunta-te como estás e o que tens feito. És apanhada de surpresa, mal consegues articular uma simples frase e só consegues dar um sorriso e perguntar-lhe o que ele tem feito. E vem mais outra surpresa.... Está divorciado e vive sozinho novamente. O teu coração bate mais depressa, a garganta fica seca e sentes arrepios pelo corpo.... e as borboletas continuam. Pede-te o teu telemóvel e fica de telefonar para irmos tomar um café ou quem sabe, talvez jantar fora..... "Sim, claro que sim!". Mais um lindo sorriso e ele vai embora. E nesse preciso momento, naquele evento que até nem querias ir mas foste arrastada, começou uma linda estória de amizade, sexo, amor, onde  descobriram que tinham tanta coisa em comum, ambos fanáticos por desporto, por cinema, pelos livros e bons vinhos e whisky, viajar...... O seu sentido de humor, pertinente e provocador era um desafio para ela que nunca tinha conhecido nenhum outro que lhe desse tanta luta e soubesse tanto ou mais do que ela em assuntos que ela dominava..... Batalhas intelectuais e lutas de saberes.......Jantares, passeios, jogos, risos, gargalhadas, silêncios que falavam, mãos  que se encontravam, corpos que se encaixavam perfeitamente um no outro, concertos, longas conversas que se perdiam pela noite dentro..... Tudo era perfeito.... Os dias tornaram-se semanas, as semanas passaram a meses e os meses tornaram-se anos e a cumplicidade e o entendimento cada vez maior...... O mundo era nosso e cada dia era uma surpresa onde desafiavam-se mutuamente para surpreender um ao outro..... Eram felizes....Ela era muito feliz, como nunca o fora. E então acontece o que ela nunca esperou que pudesse acontecer.... Ele ama outra e vai tentar fazer uma nova vida com ela...... Ficas paralisada, não sabes o que dizer, o que sentir.... O choque deixa-te anestesiada...... "Ficaremos sempre amigos" diz ele...... Quando se ama e se perde, dificilmente podemos ficar amigos.... Não existe um botão de "off"....... E ele dá-te um último beijo, um forte abraço, sentes uma lágrima a cair no teu pescoço e ele abre a porta, sai e vai embora e atrás deixa uma escuridão total. É o fim da sua estória de amor que ela pensava que era "the one" mas que afinal revelou-se não o ser....... Sonhos perdidos, partidos e estilhaçados..... Deitas-te e não sentes nada...... Mas a realidade era essa.... Broken dreams.....

quarta-feira, 31 de julho de 2013

I am not yours.....


I am not yours, not lost in you,
Not lost, although I long to be
Lost as a candle lit at noon,
Lost as a snowflake in the sea.

You love me, and I find you still
A spirit beautiful and bright,
Yet I am I, who long to be
Lost as a light is lost in light.

Oh plunge me deep in love -- put out
My senses, leave me deaf and blind,
Swept by the tempest of your love,
A taper in a rushing wind. 


 Sara Teasdale

terça-feira, 30 de julho de 2013

Palpar


Mis manos
abren las cortinas de tu ser
te visten con otra desnudez
descubren los cuerpos de tu cuerpo
Mis manos
inventan otro cuerpo a tu cuerpo

Octavio Paz

When I think of you.....

When I think of you I am floating,
I am reaching the clouds,
touch the stars, living in the sky ...

Just try to overcome
I miss the huge crushes the heart,
but that comes with the sweet memories of your being.

Remembering the moments
where our love together is conjugated
in one person, we ...


It is through this that sentiment, nostalgia,
surviving that when I am away from you.
It is the food of love that is far ...


The delicacy of your words
contrasts with the multitude of thy feeling.
My jealousy softens with your vows
and promises of eternal love.


The long distance only serves to unite our love.
The longing is to give me
the absolute certainty that we would be together forever ...


And in that moment of nostalgia,
when I think of you,
when everything is hurting my heart
and I do not have the strength to continue;
here comes your sweet presence,
with the splendor of an angel;
and enveloping me like a warm gentle breeze ...


All this happens because I love and think of you ...
 
William Shakespeare

segunda-feira, 29 de julho de 2013

domingo, 28 de julho de 2013

Fim de semana dedicado ao ténis :)





Game, Set and Match... Me!!!! :D

sábado, 27 de julho de 2013

True......




" Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."

Gabriel García Marquez

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Entre os teus lábios


Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.  


Eugénio de Andrade 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Procurei-te.....


Procurei tantas vezes,
por aquele abraço,
aquele beijo,
aquele silêncio,
em que o olhar fala,
tudo aquilo que no momento,
palavra nenhuma poderia dizer...

Procurei por ti,
a meu lado,
quando acordava,
sempre que dormias nos meus sonhos...

Procurei o teu carinho,
sem to dizer que precisava,
apenas chegando até ti,
esperando uma festa,
um mimo,
um abraço...

Procurei o teu corpo,
procurei-me no teu corpo...

Nuno Miguel Miranda
"Parvoices" de Um Sonhador

Do you......


...... miss me?

Carpe Diem.....


" Não quero pensar, não quero fazer planos, não quero criar expectativas. Quero apenas que os dias passem."

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Indeed...............


“I think you need to fall in love with the wrong person. I think you need to fight and cry and sweat and bleed and fail. I think you need to have bad relationships and bad breakups. I think you need all of that so that when the right person and the right relationship comes along you can sigh with relief and say, “Ah yes. That is how its supposed to feel.”

Excerpt from “Conversations with my Mother"

terça-feira, 23 de julho de 2013

..................



:)..... true??