quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Broken.....


You broke me
like I had been standing on that cliff forever
fervently trying to keep my balance
putting all of my effort
in keeping the firm ground under my feet
and then you came and mindlessly pushed me
not even on purpose
not even as if it mattered
a random act of carelessness
and I fell ... I fell
and I have been lying there broken
ever since ...

Pr
atricia de Wachte

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O que há em mim é sobretudo cansaço Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A subtileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém. Essas coisas todas - Essas e o que faz falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço. Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço... 

Álvaro de Campos



Se amar é veneno...
Gosto dos venenos mais amargos,
cujos frascos me lembrem perfume
aromatizado com amor e ciúme.
Se amar é fogo...
Gosto da paixão que incendeia,
tragada feito um gole de conhaque,
em que a língua faça da boca uma ceia,
e o fogo do corpo,
apenas a saliva apague.
Se amar é pecado...
Gosto dos pecados mais ousados,
em que a alma se devore em gozo,
o corpo adormeça extasiado
e o céu alcance num beijo
apaixonado...

Sirlei L. Passolongo

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

I really don't know.....





Can you tell me???

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

From a distance I see your face


From a distance, I see your face, my soul shall heave
That soon, my love for you will come true
That one day this broken heart will not leave

Until then I walk these lonely steps, I do not breathe
These silent tears alone I shed for you
From a distance, I see your face, my soul shall heave

Your smile graced my day, since then I believe
Fate will ensure, I will do what I have to do
That one day this broken heart will not leave

And shattered fragments I will retrieve
Until, we are hand in hand, I alone will view
From a distance, I see your face, my soul shall heave


Until my yesterday’s become today, I grieve
For broken promises, I hope to renew
That one day this broken heart will not leave

From the darkness, to the light, I perceive
That in my heart of hearts to never say adieu
From a distance, I see your face, my soul shall heave
That one day this broken heart will not leave.
 
David Williams 
 
 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013






"The hottest love has the coldest end " - Sócrates

segunda-feira, 23 de setembro de 2013





Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração.


 António Ramos Rosa
(17 de Outubro de 1924 - 23 de Setembro de 2013)